sexta-feira, novembro 22, 2013

sem título 5


sentei pra fumar um cigarro defronte a nudez da noite. cada vez em quando tudo gira sentido horário. pigarro. sempre nunca é assim; parar pra pensar atrapalha o raciocínio. aquela esquina não estava ali ontem, presumo. devem tê-la dobrado hoje, só pode. nem sei mais o que faço aqui sentado. amargo esse céu estrelado. suspiro. sessenta e três, sessenta e quatro, sessenta e cinco, sessenta e seis, sessenta e sete, sessenta e oito, sessenta e nove. a noite se vestiu de nuvem. perdi o rumo. estou aqui há horas e nem fumar eu fumo.

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